13 outubro 2015

Estrela Luminosa


Gabriela Durlo, mais uma estrela luminosa na grande constelação de os 10 Mandamentos

Texto e Reportagem: Igor Fernandes

Nascida no interior de São Paulo, Gabriela Durlo é contratada da Record há quase dez anos. Desde 2006 a atriz vem emendando diversos trabalhos na emissora e já protagonizou a minissérie bíblica “A História de Ester”. Atualmente, ela pode ser vista em “Os Dez Mandamentos”, interpretando Eliseba. A personagem é casada com Arão (Petrônio Gontijo), mãe de três filhos biológicos e um adotivo. Além da TV, a bela coleciona papéis também no teatro e é apaixonada por cachorros. Com um dia a dia corrido, Gabriela vive entre as cidades de São Paulo, onde moram os familiares, e o Rio de Janeiro, onde grava a trama épica. Em um intervalo na ponte-aérea, a atriz conseguiu alguns minutos para falar sobre carreira, repercussão da novela e o amor que sente por animais.

PJ -“Os Dez Mandamentos” é o seu nono trabalho na Record. Como você avalia a sua trajetória na emissora?
Gabriela – Muito positiva! Comecei minha carreira na televisão na Record, e estou até hoje mantendo minha produção dentro da casa. Talvez isso seja o mais difícil, manter-se nessa carreira de ator. São 9 anos de casa, escalada para 9 produções! E além de ter sido protagonista, vejo que eles confiam a mim papeis muito importantes dentro das tramas. O que posso dizer diante disso? Apenas muito obrigada Àquele que me guia e a rede Record pela confiança! Sou muito feliz com minhas conquistas e as oportunidades que eles me dão.

PJ- Este o seu terceiro trabalho bíblico da carreira (anteriormente, ela protagonizou a minissérie A História de Ester e participou da série Milagres de Jesus). Qual é o diferencial de uma trama de época?
Ester e Milagres tiveram mais ou menos a mesma linguagem, por se tratar de uma minissérie e uma série, respectivamente. Era uma linguagem mais rebuscada, retratávamos com maior fidelidade aos costumes da época, o ritmo era mais lento. Na novela, estamos com mais liberdade para as tais licenças poéticas, é uma narrativa mais atual e nós atores acompanhamos esse ritmo. É mais dinâmico. Tem que ser assim para sustentar 150 capítulos, senão o público de hoje não aguenta.

PJ -Na ficção, Eliseba é uma mulher exemplar. Mãe de Nadabe, Abiú, Eleazar, Itamar e cria também Oseias, após a morte de Num e Amália. Na vida real, você é casada, mas não tem filhos. A personagem já despertou o desejo de ser mãe?
Em mim não, mas no restante da família muito! Todos me ligam cobrando esse herdeiro! (risos) Brincadeiras a parte, sempre tive esse desejo, eu sonho ser mãe um dia, mas ainda quero esperar um pouco! Agora, a Eliseba colaborou muito comigo! Hoje sei segurar bebê, até dar banho… Tive cenas assim! Tinha medo de pegar bebê no colo, sempre que ia visitar minha amigas com recém-nascido eu fugia nesse momento de tirar a foto, só ficava do ladinho! (risos) Agora já estou craque, a coisa mais natural do mundo pra mim.

PJ -Eliseba é esposa de Arão (Petrônio Gontijo) e dona de uma fé fervorosa. Ela e o marido sempre estiveram em conflito por ele não acreditar em Deus.  Na fase atual, o casal finalmente parece  ter se entendido. Até o fim da trama o clima continuará tranquilo entre eles?
Acredito que até o fim da novela a paz irá prevalecer entre o casal. A cena em que Arão reconhece e se rende a Deus é linda! Na verdade, sempre acreditei que Arão tinha fé, mas ele se abalava com tanto sofrimento em volta, se questionando. É de se entender, diante de tanto sofrimento e tanta exploração. Era o contraponto da Eliseba, que mesmo diante disso tudo sempre permaneceu inabalável!

PJ -Como está sendo a terceira fase de “Os Dez Mandamentos”?
Está cada vez mais repleta de emoção. Essa fase é a mais pesada, o sofrimento é triplicado, mas aí também vem a libertação. Vivian está conduzindo o texto de maneira brilhante! Choro ao ler os capítulos! Tenho certeza que o público em casa também está se emocionando.

PJ -Sua vida pessoal é em São Paulo, porém a profissional é no Rio de Janeiro. Como concilia família e novela?
Eu me desdobro para otimizar todo meu tempo de folga para estar com eles! Vivo dentro do avião, mas sinto prazer demais no que faço então isso não se torna árduo! É um período. Quando acaba a novela consigo estar mais presente! Ainda bem que tenho pessoas incríveis ao meu lado que compreendem a minha profissão e torcem pela minha carreira. Isso é fundamental para que eu tenha tranquilidade e paz para me dedicar ao trabalho.

PJ -Você já interpretou dois papéis de grandes destaques (A história de Ester e Dona Xepa).  Como é a responsabilidade de ser protagonista?
É grande, no caso de Ester ainda maior, ela era o nome do título da obra!! Todos os olhos estão voltados para você!! Mas encarei na época como mais um papel como todos os outros que já havia feito, isso me deu leveza para levar a personagem e tudo ficou mais fácil.

PJ- Sabemos que você é defensora dos animais. Como começou isso?
Ainda não me considero defensora, faço muito pouco para ser nomeada como tal, mas quem sabe um dia? Talvez esteja nesse caminho. Fato é que eu tenho muito respeito e solidariedade pelos animais, é assustador como os bichos sofrem abandono e maus tratos! Não consigo entender as atitudes humanas, às vezes! Por outro lado, quando você se engaja, percebe que também tem muita gente do bem ajudando e lutando por melhores condições e conscientização da população para essas questões. Isso me dá esperanças de dias melhores.

PJ- Ouvimos dizer que você adotou um cachorro aqui no Rio. Pode nos contar essa história?
Sim, ele se chama Sorriso! É o segundo que pego da rua. Assim como o primeiro, peguei para tratar e caminhar para a adoção! Foram castrados, vacinados, vermifugados e muito amados! Arrumei uma família para o Betão, o primeiro, e com o Sorriso faria o mesmo, mas não consegui. Ele estava tão fragilizado e judiado, fiquei três semanas alimentando ele na rua para conseguir chegar perto dele. Quando consegui e o levei pra casa, ele fugia de mim dentro de casa, cheguei a pensar em devolvê-lo para a rua achando que havia feito um mal a ele, o medo dele era muito grande! Até que um dia, recebi a notícia que uma pessoa muito próxima a mim havia falecido. Passei a noite toda aos prantos, sozinha, sentada no chão da sala no celular, em busca do primeiro vôo disponível para eu ir ao encontro da família. Nesse dia, Sorriso se aproximou de mim e virou minha sombra! Foi ele que me confortou naquela longa madrugada! Nunca mais ele fugiu de mim! Ele dormiu no meu quarto naquela noite e desde então sua cama fica ao lado da minha! Aquela velha historia, quando você mais precisa de uma mão, vem Deus e te manda uma pata. (risos) Só quem tem o amor de um cão poderá entender esse relato.

Fonte: Revista Ponto Jovem LINK 

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